Motivación y calidad de vida de atletas veterano de tenis de mesa en el estado de Paraná

Motivation and quality of life of table tennis from Paraná state table tennis

Rogério Nakamura Miura1

Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0402-976X

Jeferson Roberto Rojo1

Orcid: https://orcid.org/0000-0002-6291-6247

Claudio Kravchychyn1

Orcid: https://orcid.org/0000-0002-6743-5485

Marcelo da Silva Villas Boas1

Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1796-1874

1Departamento de Educação Física, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Brasil

Resumen

Objetivo: Analizar la motivación y la calidad de vida de atletas veteranos de tenis de mesa del estado de Paraná.

Metodologia: Se realizó un estudio descriptivo (correlacional). Se estudiaron sesenta atletas de tenis de mesa con edades comprendidas entre los 30 y los 86 años. Se aplicó un cuestionario para medir la motivación y evaluar la calidad de vida, en una escala tipo Likert.

Resultados: Los datos evidenciados presentan resultados superiores a 50 (media teórica), lo que indica que los atletas veteranos de tenis de mesa de Paraná se consideran satisfechos con su calidad de vida en cada uno de los dominios de la escala WHOQOL-Bref, particularmente en el dominio social y en el dominio ambiental. También se observaron correlaciones positivas y estadísticamente significativas en las dimensiones entre el dominio físico y la regulación integrada.

Conclusión: Se concluye que los atletas de Tenis de Mesa que integran las categorías de veteranos del Campeonato Paranaense presentan altos niveles de Calidad de Vida y esto está directamente relacionado con los niveles de motivación que los atletas presentan para la práctica.

Palabras clave: Motivación; Calidad de vida; Tenis de mesa.

RPCAFD


Recibido: 03-03-2022

Aceptado: 02-06-2022

Correspondencia:

Marcelo da Silva

E-mail: [email protected]

Abstract

Objective: To analyze the motivation and quality of life of veteran table tennis athletes in the state of Paraná.

Methodology: A descriptive (correlational) study was carried out. 60 table tennis athletes with an age range between 30 and 86 years were studied. A questionnaire was applied to measure motivation and to assess quality of life on a Likert-type scale.

Results: The evidenced data present results above 50 (theoretical average), which indicates that veteran table tennis athletes from Paraná consider themselves satisfied with their quality of life in each of the domains of the WHOQOL-Bref scale, particularly in the social domain. and environmental domain. Significant positive statistical correlations were also observed in the dimensions between the physical domain and integrated regulation.

Conclusion: It is concluded that the Table Tennis athletes that integrate the categories of veterans of the Campeonato Paranaense present high levels of Quality of Life and this is directly related to the levels of motivation that the athletes present for the practice.

Key words: Motivation; Quality of life; Table Tennis.

Introdução

O tênis de mesa, ou como é conhecido popularmente “pingue-pongue” é um esporte que vem ganhando espaço no cenário mundial no decorrer dos anos. Segundo a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), existem mais de 10 milhões de praticantes da modalidade, sendo o segundo esporte mais praticado no mundo.

Observa-se que a prática do tênis de mesa exige diversas qualidades físicas, técnicas e psicológicas que, por sua vez, é necessário o desenvolvimento da coordenação, da resistência e da velocidade dos movimentos¹. De forma geral, essa modalidade esportiva melhora sua saúde física e mental, trazendo diversos benefícios à saúde. Diante disso, o esporte está relacionado à qualidade de vida dos atletas e praticantes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) traz um conceito evoluído sobre a saúde, sendo um estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças.

Muitos autores trazem a saúde como sinônimo de qualidade de vida, assim como Santos e Simões², que tratam a qualidade de vida como um fator multidimensional, composto pela sensação de bem-estar físico, mental, social e emocional, trazendo o exercício físico como essencial para promover a saúde física e mental de seus praticantes. Entretanto, não só os benefícios fisiológicos ocasionam à pratica da modalidade, no campo psicológico, a motivação é outro fator primordial aos atletas de rendimento. Visto que o atleta precisa de um alto grau de motivação por conta do estresse que é gerado nos treinamentos e nas competições. Dósil³ considera a motivação como o motor do esporte, pois as razões da iniciação, disposição e abandono da prática esportiva pode ser determinada por fatores individuais.

Para entender as razões da prática esportiva dos atletas de Tênis de Mesa, é fundamental entender os fatores da motivação, principalmente os aspectos intrínsecos e extrínsecos. Nesse sentido, a motivação intrínseca é caracterizada ao prazer e satisfação que a atividade fornece ao indivíduo. Deci e Ryan4 acreditam que essa motivação leva o atleta a perceber que suas habilidades são suficientes ao esporte. Sendo assim, uma motivação intrínseca refere-se à realização da atividade por seu próprio interesse.

Ao contrário da motivação intrínseca, a motivação extrínseca está ligada aos objetivos externos da atividade, obtendo algum tipo de recompensa ao atingir uma meta especifica ou adquirindo benefícios a partir de um resultado determinado5. Para a realização dessa pesquisa, foi realizado uma pesquisa de campo, aplicando-se questionários em 60 atletas veteranos mesatenistas com idades entre 30 e 86 anos do estado do Paraná, na 6ª etapa paranaense de Tênis de Mesa. A escolha pela categoria se deu por ser uma lacuna na literatura nacional, visto que foram encontrados poucos estudos no contexto no Tênis de Mesa analisando a qualidade de vida e a motivação.

Com isso, o objetivo do estudo foi analisar a motivação e qualidade de vida dos atletas veteranos de Tênis de Mesa do Estado do Paraná, buscando especificamente: a) investigar as características motivacionais de diferentes categorias veteranos de ambos os gêneros de atletas de nível paranaense; b) correlacionar a qualidade de vida dos atletas veteranos com a motivação.

Metodología

Tipo de pesquisa

Para o presente estudo, o método utilizado foi de caráter descritivo e abordagem quantitativa. De acordo com Gil6 a pesquisa descritiva permite identificar características de determinado tipo de população. Por meio da técnica de coleta de dados, tais como questionário e a observação sistemática.

Participantes

A amostra foi constituída por 60 atletas de tênis de mesa, de ambos os gêneros, da Categoria Veteranos, com idades entre 30 e 86 anos, participantes da Vl Etapa do Campeonato Paranaense de Tênis de Mesa, na cidade de São José dos Pinhais.

Instrumentos

Para a avaliação da motivação dos atletas foi utilizado a Escala de Motivação para o Esporte (SMS), o instrumento é composto por 18 questões, com suas afirmações respondidas numa escala do tipo Likert de sete pontos, em que 1 refere-se a “não corresponde totalmente” e 7 refere-se a “corresponde totalmente”.

Para a avaliação da qualidade de vida dos atletas foi utilizado instrumento de avaliação de qualidade de vida WHOQOL-bref. O instrumento é comporto por 26 questões composto pelos domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. Sendo as questões respondidas a partir das alternativas mais apropriadas, em que “nada” corresponde a nenhum apoio à questão, e “completamente” corresponde melhor à questão.

Procedimentos

Para o presente estudo, primeiramente foi enviado uma carta à Federação de Tênis de Mesa do Paraná (FTMP), solicitando a autorização para ser realizado a pesquisa com os atletas e apresentado o objetivo do estudo. A autorização foi concedida pelo presidente da federação, e assim, realizado o convite aos atletas participantes do campeonato.

Os atletas receberam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, acompanhado dos questionários, assinalando sua participação de forma voluntaria à pesquisa. As coletas foram realizadas no local de competição, pelo discente do curso de Educação Física. Os questionários foram aplicados de forma coletiva e com preenchimento individual, com aproximadamente 20 minutos de duração, por atleta. As coletas foram realizadas no segundo semestre de 2019, na cidade de São José dos Pinhais.

Análise estatística

Para análise dos dados, recorreu-se ao pacote estatístico SPSS 23.0 (Statistical Package for Social Science). Foi empregada a média e o desvio-padrão para caracterização da amostra. O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para analisar o relacionamento entre as variáveis motivacionais e de qualidade de vida, adotando um nível de significância de 5%.

Resultados

A tabela 1 apresenta os resultados referentes à qualidade de vida a partir dos domínios avaliados no questionário WHOQOL-bref:

Tabela 1. Descrição de indicadores de qualidade de vida com atletas paranaenses veteranos de tênis de mesa1.
Veterano 30 Veterano 40 Veterano 50 Veterano 60 Veterano 70
Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP) Média (DP)
Físico (pont.) 64,93 (8,92) 59,16 (10,40) 62,46 (12,47) 60,20 (9,52) 58,25 (10,48)
Psicológico 67,37(9,66) 64,44(10,24) 63,92(12,06) 68,40(14,13) 64,62(12,72)
Social 75,12(16,04) 69,05(17,86) 66,07(20,55) 71,60(13,77) 80,37(18,32)
Ambiental 74,93(10,50) 71,66(11,20) 67,07(14,76) 73,20(18,45) 71,12(17,14)

Os maiores escores de qualidade de vida se encontram no domínio social para a categoria veteranos 30 (75,12 ± 16,04). Já na categoria veterano 40 o domínio com maior média foi o ambiental (71,66 ± 11,20), o que prevaleceu também nas categorias veterano 50 (67,07 ± 14,76) e veterano 60 (73,20 ± 18,45). Contudo na categoria veterano 70 o domínio com maior média retorna a ser o domínio social (80,37 ± 18,32).

Na tabela 2, são apresentadas as correlações entre a qualidade de vida com a motivação dos atletas. Foram observadas correlações estatísticas significativas positivas (p < 0,05) nas dimensões entre o domínio físico e regulação integrada (r = -0,32).

1“Veterano 30” significa a categoria em que o atleta pertence, ou seja, em se tratando de competições master, são atletas com idade maior que 30 anos (30 a 39 anos).
Tabela 2. Correlação da qualidade de vida e da motivação dos atletas paranaenses veteranos de tênis de mesa.
*p < 0,05.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
r (p) r (p) r (p) r (p) r (p) r (p) r (p) r (p) r (p) r (p)
Físico1 1 (1,00) 0,28 (0,02)* 0,37 (0,01)* 0,35 (0,01)* -0,18 (0,16) -0,32 (0,01) -0,19 (0,13) -0,13 (0,32) 0,00 (0,99) 0,17 (0,19)
Psicológico2 0,28 (0,02) 1 (1,00) 0,41 (0,00) 0,43 (0,00) -0,09 (0,45) -0,18 (0,15) -0,13 (0,31) -0,06 (0,61) -0,09 (0,49) 0,07 (0,57)
Social3 0,37 (0,00) 0,41 (0,01) 1 (1,00) 0,38 (0,00) 0,03 (0,82) 0,02 (0,87) 0,03 (0,81) 0,10 (0,42) 0,05 (0,66) -0,03 (0,78)
Ambiental4 0,35 (0,00) 0,43 (0,00) 0,38 (0,00) 1 (1,00) -0,09 (0,45) -0,06 (0,60) -0,13 (0,30) -0,05 (0,67) -0,12 (0,33) 0,05 (0,65)
Intrínseca5 -0,18 (0,16) -0,09 (0,45) 0,03 (0,82) -0,09 (0,45) 1 (1,00) 0,46 (0,00) 0,51 (0,00) 0,50 (0,00) 0,05 (0,68) -0,43 (0,00)
Integrada -0,32 (0,01) -0,18 (0,15) 0,02 (0,87) -0,06 (0,60) 0,46 (0,00) 1 (1,00) 0,61 (0,00) 0,44 (0,00) 0,13 (0,29) -0,32 (0,01)
Identificada -0,19 (0,13) -0,13 (0,31) 0,03 (0,81) -0,13 (0,30) 0,51 (0,00) 0,61 (0,00) 1 (1,00) 0,52 (0,00) 0,14 (0,26) -0,31 (0,01)
Introjetada -0,13 (0,32) -0,06 (0,61) 0,10 (0,42) -0,05 (0,67) 0,50 (0,00) 0,44 (0,00) 0,52 (0,00) 1 (1,00) 0,33 (0,00) 0,15 (0,25)
Externa 0,00 (0,99) -0,09 (0,49) 0,05 (0,66) -0,12 (0,33) 0,05 (0,68) 0,13 (0,29) 0,14 (0,26) 0,33 (0,00) 1 (1,00) 0,21 (0,10)
Desmotivação 0,17 (0,19) 0,17 (0,19) -0,36 (0,78) 0,05 (0,65) -0,43 (0,00) -0,32 (0,01) -0,31 (0,01) -0,15 (0,25) 0,21 (0,10) 1 (1,00)

Discussão

Considerando os resultados verificados na Tabela 1, podemos perceber que todos os domínios apresentam resultados superiores a 50 (média teórica), o que indica que os atletas paranaenses veteranos de tênis de mesa consideram-se satisfeitos com a sua qualidade de vida em cada um dos domínios da escala WHOQOL-Bref, particularmente no domínio social e domínio ambiental.

No domínio social destaca-se as categorias veterano 30 cujo valor médio obtido é 75,12 e veterano 70 com o valor médio é 80,37. O domínio ambiental é o destaque nas categorias veterano 40, veterano 50 e veterano 60 tem o valor médio, 71,66, 67,07 e 73,20 respectivamente, são valores que se encontram acima da média teórica (50), pelo que se conclui que os atletas estão satisfeitos com os seus níveis de qualidade de vida nos diferentes domínios avaliados.

Estes resultados são semelhantes aos resultados encontrados por Fujii et al.7, no estudo em que analisou a qualidade de vida de idosos que praticam atividade física regular incluindo o Tênis de Mesa no Centro de Bem-Estar para Idosos da cidade de Osaka. Sendo encontrado significância estatística no escore de depressão e no índice de qualidade de vida. Samulski8, reforça que a prática de atividades físicas pode influir diretamente a saúde física, o humor e a vida social do indivíduo. Dessa forma, a prática regular pode ser um instrumento essencial para a promoção da saúde e melhoria da Qualidade de Vida dos que a praticam9.

Após análise dos dados obtidos na escala de avaliação da Qualidade de Vida, WHOQOL-Bref, foi possível verificar que outros estudos também têm demonstrado uma relação positiva entre a atividade física e Qualidade de Vida. Assim a obtenção de resultados elevados na forma como os indivíduos da amostra percebe os seus níveis de Qualidade de Vida, pode ser resultado da prática de atividade física regular.

Um fator que não foi levantado nesse estudo e que pode influenciar diretamente na percepção da qualidade de vida percebida pelo atleta é o estresse em ambientes de competição, que foi apresentado no estudo de Cruz10.Como os sujeitos fizeram o WHOQOL-bref em ambientes de competição pode ter uma grande incidência de estresse e ansiedade em contextos desportivos, vivenciada por diversos atletas, independentemente da sua idade e nível competitivo, conforme evidenciam as conclusões de vários estudos Cruz10 sendo capaz de ter uma relação direta na forma como estes avaliam a Qualidade de Vida. Contudo, apesar do estresse elevado dos atletas por estarem em ambiente competitivo, a qualidade de vida avaliada ainda apresenta dados satisfatórios.

Diferentes estudos relacionando atletas de diversas modalidades e qualidade de vida já foram realizados: Análise das percepções da qualidade de vida, do estresse e da recuperação de atletas de voleibol de diferentes categorias11. Desempenho esportivo de atletas infantis do voleibol gaúcho e as relações com a qualidade de vida12. Dependência de exercício físico: humor, qualidade de vida em atletas amadores e profissionais13. Embora as amostras sejam bem variadas e com dados demográficos bem diferenciados, todos eles evidenciam que a prática regular de atividades esportivas, bem orientada, contribui para uma melhor concepção da imagem corporal e uma autoestima mais elevada, assim como melhora o bem-estar psicológico, por meio da diminuição dos níveis de depressão, de estresse e de ansiedade14.

Dessa forma, os resultados indicam que, conforme o indivíduo pratica o esporte com foco nos benefícios que traz a ela mesma, sua condição física irá aumentar na mesma proporção. Conforme Parreiras14, o domínio físico é caracterizado a partir da percepção do indivíduo sobre sua condição física (dor e desconforto, limitações funcionais, níveis de energia e fadiga e sono). Já a motivação integrada, Deci e Ryan15 explicam, que é observada quando o indivíduo pratica atividade com foco nos benefícios que serão concedidos à ele mesmo.

Além dos domínios citados acima, na tabela 2 são apresentadas as valências, dentre elas estão a valência psicológica, social e ambiental. De acordo com Fleck16 a valência psicológica está relacionada ao bem-estar psicológico do atleta, assim como sua autoestima, seus sentimentos, sua aparência e sua forma de pensar e agir. No que diz respeito à valência social, é caracterizado em como o atleta interage com outras pessoas de seu ambiente social, trazendo como característica as relações sociais. Por fim, na valência ambiental, Gordia et al.17 traz como característica do domínio ambiental a segurança do atleta, os recursos financeiros, a qualidade da saúde. Referindo-se assim, ao ambiente de vida que o indivíduo se encontra.

Outra forma apresentada na tabela 2, são as formas de motivação extrínsecas e intrínsecas. Segundo Deci e Ryan15, na motivação intrínseca os atletas realizam a pratica por vontade própria, a partir do prazer e interesse trazidos a ele mesmo. Na motivação extrínseca, o atleta é movido por fatores externos a ele, como punições e premiações. Sendo assim, a motivação extrínseca é separada por quatro regulações, denominadas como: motivação extrínseca identificada, motivação extrínseca introjetada e a motivação extrínseca integrada.

Segundo os autores, a motivação extrínseca identificada, o atleta considera seu comportamento como uma importância pessoal. A motivação extrínseca introjetada ocorre quando se pratica para agradar alguém ou para evitar punições no meio. Por fim, temos a motivação externa e a desmotivação. A motivação externa é determinada a partir da ação como forma de obter alguma recompensa. Em relação a desmotivação, ocorre quando o atleta não se sente motivado à pratica, não havendo um estimulo suficiente para realizar as ações.

O presente estudo procurou descrever as características motivacionais dos atletas das categorias veteranos participantes do campeonato paranaense de tênis de mesa analisando as relações existentes os domínios físico, social, psicológico e ambiental da Qualidade de Vida.

Também buscou-se correlacionar a qualidade de vida dos atletas e a motivação, para isso foi realizado uma avaliação da Qualidade de Vida na percepção dos atletas, destacando o domínio social para a categoria veteranos 30 (75,12 ± 16,04) e categoria veterano 70 (80,37 ± 18,32). O domínio ambiental foi o destaque da categoria veterano 40 (71,66 ± 11,20), categorias veteranas 50 (67,07 ± 14,76) e veterano 60 (73,20 ± 18,45). Evidenciando uma avaliação positiva da qualidade de vida nas cinco categorias analisadas. Os aspectos social e ambiental exerceram maior influência nas categorias nas categorias estudadas.

Outro objetivo investigado foi discutir a motivação nos fatores intrínsecos, aqueles que os atletas executam por vontade própria, diante dos interesses fornecidos a ele. E a motivação extrínseca, no qual o atleta é movido por fatores externos à ele, que podem ser separados em quatro regulações, denominadas como: motivação extrínseca identificada, motivação extrínseca introjetada e a motivação extrínseca integrada.

Este estudo limitou-se a discutir a motivação dos atletas e as suas percepções de qualidade de vida. Contudo outros dados poderiam influenciar no resultado como o estresse das competições e os dados demográficos que poderiam estar relacionados a diferentes aspectos da qualidade de vida. Assim propõe-se que novos estudos levem em consideração esses aspectos.

Outra possibilidade futura é a aplicação da metodologia aqui utilizada em outras modalidades ou mesmo no Tênis de Mesa em outros estados, como nas diferentes categorias. A cultura local pode ser influenciadora nos escores de Qualidade Vida, assim como a idade, a frequência, a intensidade dos treinos e competições.

Por fim, conclui-se que os atletas de Tênis de Mesa que integram as categorias de veteranos do Campeonato Paranaense apresentam altos níveis de Qualidade de Vida e essa está diretamente relacionada aos níveis de motivação que os atletas apresentam para a prática.

Referências:

  1. Nakashima CT and Nakashima AHS. Tênis de Mesa: Manual de Orientação para Professores de Educação Física. Brasília: Comitê Paraolímpico Brasileiro; 2006.
  2. Santos ALP, Simões AC. A relação entre atividade física e qualidade de vida. Conexões. 2012; 10.3: 218-234.
  3. Dósil J. Psicología de la actividad física y del deporte. 2ª Edição. Madrid: Editora McGrawHill, 2008.
  4. Deci EL, Ryan RM. Intrinsic motivation and self-determination in human behavior. New York: Editora Plennum Press: 1985.
  5. Guedes DP, Mota JS. Motivação: Educação Física, Exercício Físico e Esporte. Paraná: Editora Unopar; 2016.
  6. Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª Edição. São Paulo: Editora Atlas; 2008.
  7. Fujii K, Nakano T, Hike H, Usui F, Bando Y, Tojo H, Nishimura T. Fully automated online multi-dimensional protein profiling system for complex mixtures. Journal of Chromatography A, 2004; 1057: 107-113.
  8. Samulski DM. Psicologia do desporto: conceitos e novas perspetivas. 2ª Edição. Barueri: Manole; 2009.
  9. Matsudo SM, Matsudo VR, Araújo T, Andrade D, Andrade E, Oliveira L, Braggion G. Nível de atividade física da população do estado de São Paulo: análise de acordo com o gênero, idade, nível socioeconômico, distribuição geográfica e de conhecimento. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 2002; 10: 41-50.
  10. Cruz JF. Manual de psicologia do desporto. 1ª Edição. Portugal: Editora Barbara Melo; 1996.
  11. Simões CSM. Análise das percepções de qualidade de vida, do estresse e da recuperação de atletas de voleibol de diferentes categorias. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011.
  12. Rother RL. Desempenho esportivo de atletas infantis do voleibol gaúcho e as relações com a qualidade de vida. Monografia – Curso de Ambiente e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Taquari, Lajeado, 2017.
  13. Modolo VB, Mello MTD, Gimenez PRBD, Tufik S, Antunes HKM. Dependência de exercício físico: humor, qualidade de vida em atletas amadores e profissionais. Revista brasileira de medicina do esporte, 2009; 15: 355-359.
  14. Parreiras LAM. Análise dos fatores que influenciam a qualidade de vida de atletas paraolímpicos em ambientes de treinamento e competição. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008.
  15. Deci EL, Ryan RM. Motivation, personality, and development within embedded social contexts: An overview of self-determination theory. 2012.
  16. Fleck MPA. O instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100): características e perspectivas. Revista Ciências & Saúde Coletiva, v. 2000; 5:33-8.
  17. Gordia AP, Quadros TMB, Campos W. Variáveis sociodemográficas como determinantes do domínio meio ambiente da qualidade de vida de adolescentes. Revista Ciências & Saúde Coletiva, 2009; 14: 2261-2268.

Conflicto de intereses: Declaramos que não há conflitos de interesses.

Financiamiento: Não houve financiamento externo.