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Influencia de la maduración somática sobre el desempeño físico en jóvenes futbolistas brasileños

 

Influence of somatic maturation on physical performance in young Brazilian soccer players

 

Jefferson Eduardo Hespanhol1, Rodrigo Lopes Pignataro Silva1, Tamayka Lopes Hespanhol2, Rossana Gómez-Campos3, Miguel de Arruda1.

 

1Faculdade de Educação Física, UNICAMP, Campinas, São Paulo, Brasil.

2Universidade São Francisco, Bragança Paulista, São Paulo, Brasil

3Universidad Católica del Maule, TAlca, Chile.

Resumen

Objetivo: Analizar el desempeño físico en jóvenes futbolistas en función de la maduración somática en meses de PVC y verificar el efecto del PVC en la linealidad del desempeño de la fuerza, velocidad y resistencia de jóvenes futbolistas.

Métodos: Se estudiaron de forma no-probabilística 205 sujetos de 11 a 17 años de tres clubes de fútbol de Sao Paulo (Brasil). Los sujetos fueron divididos por intervalos de seis meses respecto al Pico de Velocidad de Crecimiento. Se evaluaron las variables de peso, estatura, altura Tronco-Cefálica, pliegue tricipital y subescapular y pruebas físicas de Squat Jump, Countermovement Jump, Velocidad 10m y el Yo-YO test intermitente Recovery I.

Resultados: Se verificó diferencias entre los intervalos de seis meses para el Pico de Velocidad de Crecimiento en el desempeño del Squat Jump (F=13,19, p<0,001), Countermovement Jump (F=11,89, p<0,001) y velocidad 10m (F=5,93, p<0,001), además las variables de fuerza explosiva (R2=0,98) y velocidad (R2=0,68) fueron afectadas por el Pico de velocidad de crecimiento; sin embargo, en la resistencia  no se encontró diferencias, al mismo tiempo esta variable no fue afectada por la maduración somática (R2=0,07).

Conclusión: Los resultados sugieren el uso del PVC en intervalos de 6 meses para analizar los efectos de la maduración somática específicamente en pruebas de salto y velocidad.

Palabras claves: Crecimiento, maduración, desempeño físico, adolescentes, fútbol.

Abstract

Objective: To analyze the physical performance of young footballers based on the somatic maturation in PVC months and to verify the effect of PVC on the linearity of the strength, speed and resistance performance of young footballers.

Methods: 205 subjects from 11 to 17 years of age from three football clubs in Sao Paulo (Brazil) were studied in a non-probabilistic manner. The subjects were divided by six-month intervals with respect to the Peak of Growth Rate. We evaluated the variables of weight, height, height Trunk-Cephalic, tricipital and subscapular fold and physical tests of Squat Jump, Countermovement Jump, Speed ​​10m and the I-YO intermittent test Recovery I.

Results: Differences were verified between the six month intervals for Peak Growth Rate in the performance of Squat Jump (F = 13.19, p <0.001), Countermovement Jump (F = 11.89, p <0.001) and velocity 10m (F = 5.93, p <0.001), in addition the variables of explosive force (R2 = 0.98) and velocity (R2 = 0.68) were affected by the growth rate peak; however, no differences were found in the resistance, at the same time this variable was not affected by somatic maturation (R2 = 0.07).

Conclusion: The results suggest the use of PVC at 6-month intervals to analyze the effects of somatic maturation specifically in jump and speed tests.

 

Key words: Growth, peak height velocity, adolescent, and soccer players

 

 

Introdução

 

 A literatura especializada tem ressaltado a contribuição do monitoramento dos indicadores morfológicos, motores e cardiorrespiratórios que procuram evidenciar as características do crescimento físico 1, 2 relacionados à aptidão física de crianças e adolescentes 3-5.

  Os principais problemas enfrentados no monitoramento são observados na variabilidade inter e intrapopulacional em relação aos fatores biológicos e ambientais em diversos contextos geográficos, sociais e culturais 6. Do mesmo modo a existência de diferenças entre subgrupos de uma mesma população e/ou grupo de populações diferentes para a realização a atividades esportivas especializadas7, como as atividades de alta intensidade realizadas pelos jovens futebolistas 3,8,9.

 Nesse sentido, a avaliação da maturação é relevante para o controle do status de maturidade do individuo, sendo valiosa quanto aos indicadores para uma vida saudável e treinabilidade de um atleta jovem. A avaliação da maturacional pode ser verificada através da avaliação da idade esquelética 7,9,10, da maturação sexual 11 e maturação somática1. Todavia, por questões operacionais de procedimentos de medidas, a avaliação da maturação biológica é estimada pela avaliação da maturação somática 1, 12, a qual tem um menor custo operacional em relação às outras, e com menores problemas sociais.

  A avaliação da maturação somática estimada através do pico de velocidade de crescimento (PVC) permite visualizar diferenças individuais em crianças e adolescentes 1,12, uma vez que, o entendimento dos efeitos poderá contribuir para a elaboração de uma estratégia, que norteie as prescrições das cargas de exercícios adequadas para populações de atletas jovens5, e por conseqüência  possibilitam planejamentos plurianuais apropriados para aplicações longitudinais das mudanças maturacionais e acompanhamento do crescimento desses jovens futebolistas 9,13.

Essas interpretações indicam que os jovens, quando atingem o PVC tardiamente, não podem ser submetidos às mesmas cargas de exercício e a mesma organização do treinamento, tal qual os que atingiram o PVC 3, ou passaram alguns meses do PVC 3. Isso tem demonstrado que jogadores de futebol com idades do PVC avançadas e com a mesma idade cronológica tendem a serem mais rápidos, altos, pesados, fortes, potentes do que os tardios 13.

A problemática desse contexto está expressa em como potencializar o desempenho físico desses jovens futebolistas, fazendo uso de programas de treinamento apropriados e adequados as categorias sub 13, 15 e 17, cuja projetura possibilite evitar lesões ao longo processo de formação do atleta14  Para isso Malina6 destaca a necessidade de se identificar o processo de desenvolvimento biológico com o objetivo de relativizar os valores de referencia das variáveis morfofuncionais pelo nível maturacional do avaliado.

 Na perspectiva de buscar respostas para esse questionamento, depara-se na ausência de determinado conhecimento na literatura especializada, em entender as mudanças morfológicas na fase de crescimento e maturação. De fato, há vários estudos realizados em jovens futebolistas que utilizaram a técnica proposta por Mirwald, Baxter-Jones, Beunen1 para levar o controle da maturação somática a partir de classificação da divisão por grupos antes, durante e após o PVC15,16 e em anos de PVC 4,17 .  No entanto, existem poucos estudos que avaliem a maturação somática em meses de PVC, a nível nacional4,17 e internacional3 em futebolistas. Tais informações tornam-se relevantes para treinadores, preparadores, e outros profissionais, dado que pemitirá a classificaçao os jovens futebolistas em PVC, em tempos mais curtos e especificos, diminndo os erros em quanto à classificação inicial em anos de PVC, sobretudo quando tratar-se de analise de variaveis de desempeho físico.

Portanto,  objetivo do estudo foi analisar o desempenho físico em jovens futebolistas em função da maturação somática em meses de PVC, e verificar efeito do PVC na linearidade do desempenho da força velocidade e resistência  em jovens futebolistas brasileiros.

Metodologia

 

Amostra

Este estudo é uma pesquisa de natureza descritiva, cuja apresentação vislumbra um delineamento metodológico transversal. A seleção da amostra foi não-probabilística e intencional, de um total de 245 sujeitos foram selecionados 205 sujeitos, em idades compreendidas entre 11 a 17 anos, pertencentes a tres clubes de futebol do estado de São Paulo, e com 3,96±0,77 anos de experiência em treinamento. Foram excluídos do estudo 40 sujeitos, que tinham entre menos 30 e mais do que 30 meses do PVC; àqueles que tiveram intercorrência de lesões no ano de 2012 e os goleiros.

Procedimento de Coleta dos Dados

O procedimento de coleta dos dados aconteceu em dias distintos com as medidas antropométricas, sendo realizada antes do teste de desempenho físico. Para aplicação do teste de desempenho físico, os participantes fizeram uma sessão de aquecimento com exercícios de corrida leve, flexibilidade estática (alongamento) e ativação neuromuscular específica para o teste de desempenho físico. O teste foi iniciado após pausa de três minutos, cronometrados a partir do final da sessão de aquecimento. A ordem dos testes físicos foi SJ, CMJ, V10m e Yoyo IR1.

As medidas foram realizadas no início do período de preparação Campeonato Paulista de Futebol de 2012, para as categorias sub 13, sub 15 e sub 17. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição (CEP 045/2011). Todos os sujeitos assinaram um termo de consentimento de participação como voluntários do estudo proposto, bem como, o responsável legal pelo menor assinou outro termo de consentimento. Após esse procedimento, os participantes deste estudo foram divididos em relação ao intervalo do tempo de crescimento de seis (6) em seis meses (6) meses do PVC, considerando o ponto de corte os meses para o PVC: -24, -18, -12, -6, 0, 6, 12, 18, e 24 meses do PVC.

Medidas antropométricas

As medidas antropométricas de estatura (EST), massa corporal (MC) e o percentual de gordura corporal (%GC) foram utilizadas para caracterização dos sujeitos. Essas medidas tomadas com base na padronização descrita por Lohman; Roche; Martorell18 tiveram como equipamentos: a) estadiômetro de metal com precisão de 0,1 cm que realizou as medidas de estatura, e b) balança eletrônica Plena Lithium Digital com precisão de 100g, e c) Adipômetro do tipo Lange (Cambridge Scientific Instruments, Maryland, USA), com pressão constante de (10 g/mm2).

A massa corporal (kg) e a estatura (m) foram avaliadas duas vezes por um mesmo avaliador, com erro técnico de medida inferior a 4% e ótima reprodutibilidade (r=0,97 a 0,98). As dobras cutâneas empregadas foram: triciptal (DCTR) e subescapular (DCSB). A equação para o calculo do %GC foi de Lohman19: %GC =1,35(∑DC) 0,012 ((∑DC)² - C; onde, ∑DC=Somatória das dobras (triciptal + subescapular); C = constante por gênero e idade.

Avaliação Maturacional

A maturação somática dos sujeitos foi determinada através das equações de Mirwald, Baxter-Jones, Beunen1 com população mundial, e brasileira validada por Gomez-Campos et al. 12, preditas para o calculo do pico de velocidade crescimento (PVC) de forma transversal. Esse procedimento implica as interações das medidas antropométricas: massa corporal, estatura, altura tronco cefálico, e a idade cronológica. A estatura tronco-cefálica foi medida a partir da estatura sentada, com o auxílio de um banco de madeira de 50 cm de altura com as nádegas apoiadas, o tronco e a cabeça no plano vertical do estadiômetro e as mãos repousando sobre as coxas. A cabeça foi levemente estirada para se destacar dos ombros e o eixo do olhar foi no sentido horizontal. O comprimento de pernas foi obtido através da diferença entre a estatura tronco-cefálica e a estatura.

Esse procedimento técnico empregado permite a classificação por níveis da idade do PVC em anos, sendo estimada pela equação: PVC= -9,236 +0,0002708 (CP*ATC) -0,001663(I*CP) +0,007216(I*ATC) +0,02292 (P/EST). Onde, CP=Comprimento da Perna; I= Idade; P=peso; Est=estatura; ATC= Altura Tronco Cefálico. Essa equação apresentou alta moderada confiabilidade, com oscilações entre (0,71-0,96) para os sujeitos desse estudo.

Procedimento de medidas do desempenho físico

Os procedimentos empregados para mensurar o desempenho físico dos jovens futebolistas foram: os testes de saltos verticais com as técnicas de Squat Jump (SJ) e Countermovement Jump (CMJ) para estimar os indicadores da força explosiva, o teste de velocidade de deslocamento de 10 metros (V10m), e o teste do Yoyo Intermitente Recovery nível 1 (YoyoIR1) para medir a resistência, utilizaram os seguintes equipamentos respectivamente: a) o tapete de contacto JUMP TEST que realizou medidas da altura do salto (cm), b) fotocélulas eletrônicas (CEFISE, centro de estudos da fisiologia do esporte, Campinas, Brasil), c) Aparelho Micro System MP3 da marca Philips®, 2 Watts RMS, pesando cerca de 3kg.

Para estimar a variável da força explosiva foi utilizada a técnica SJ e CMJ, a SJ consiste na realização de um salto vertical com meio agachamento, que parte de uma posição estática de 5 segundos com uma flexão do joelho de aproximadamente 120º, sem contramovimento prévio de qualquer segmento; esse procedimento técnico foi padronizado por Komi e Bosco20 e validado para jovens futebolistas21. Para a técnica de CMJ, foi realizado um salto vertical com contramovimento sem a contribuição dos membros superiores, nessa situação específica, o atleta executou o ciclo de alongamento e encurtamento, esse procedimento foi descrito por Komi e Bosco20 e validado para jovens futebolistas 21.

Com o objetivo de medir a velocidade de deslocamento, foi utilizado um teste de corrida de 10 metros, sendo executada em três tentativas com intervalos regulares de 2 minutos, estando os sujeitos de chuteiras. O escore da medida foi o menor tempo percorrido entre três tentativas da distancia de 0 a 10 metros, transformado na unidade de medida em km/h, com validade desse procedimento aplicado em jovens futebolistas 8.

Para avaliar a variável da resistência, foi empregada o teste Yoyo Intermittent Recovery Test nível 1 (Yoyo IR1), o qual foi realizado em percursos de corrida de vai-vem numa distância de 40 metros, consistindo de 2 repetições de 20 metros de ida até para trás da linha com uma pausa de 10 segundos com aumento progressivo da intensidade, esse procedimento foi descrito por Bangsbo 22 com validade desse procedimento aplicados em jovens futebolistas 23.

Como os procedimentos técnicos de medidas para os testes empregados requerem determinado grau de reprodutibilidade foi aplicado avaliação da qualidade das medidas para todos os testes, diante disso, os resultados demonstraram níveis de confiáveis para os testes de saltos: CMJ (r=0,82), SJ (r=0,84), V10m (r = 0,89), e YoyoIR1 (r=0,97)  quanto ao teste/reteste, apresentando coeficientes de variações baixos (CV=5,12%; 4,18%; 3,65%  e 1,21%  para os testes, respectivamente para SJ, CMJ, V10m e YoyoIR1). Ressalta que para os testes de saltos verticais foram realizadas 4 sessões de treinamento com as técnicas de SJ e CMJ, cuja meta foi evitar o efeito da aprendizagem, e causar erros técnicos na execução dos testes.

Estatística

O tratamento estatístico das informações foi realizado mediante o pacote computadorizado SPSS 20, utilizando-se dos procedimentos da estatística descritiva média e desvio padrão. Para verificar a distribuição dos dados, foi utilizado o teste de normalidade de Kolmogorov- Smirnov

Para análise inferencial dos meses para o PVC em cada variável do desempenho físico foram utilizados a ANOVA (One Way), e comparação da média múltipla dos desempenhos entre os pontos do tempo. Para determinar as diferenças intergrupos utilizou-se o teste Post Hoc de Tukey, com nível de significância <0,05.

No procedimento de determinação da linearidade foi aplicado o teste de regressão linear simples, para isso foi utilizado o momento do PVC como variável dependente. Quanto aos critérios de aceitação da linearidade adotou-se o coeficiente de correlação de determinação R2 para interpretar a magnitude da linearidade entre as os meses do PVC em cada variável estudada: R2≤0.1, insignificante; >0.1–0.3, pequena; >0.3–0.5, moderada; >0.5–0.7, considerável; >0.7–0.9, alta; e >0.9–1.0, perfeita. A tomada de decisão do alfa foi de <0,05. Para verificação da qualidade de medidas, foram utilizados os coeficientes de correlação intraclasse (CCI).

Resultados

Variáveis de caracterização dos sujeitos e os meses para o PVC

 A tabela 1 mostra as características dos futebolistas com as médias dos grupos e a comparação empregada pelo ANOVA. Observaram-se diferenças significantes nas medidas antropométricas entre os grupos para todas as variáveis estudadas: estatura, massa corporal e %G, e para a idade do PVC; todos os valores médios foram maiores para os meses após o PVC em relação ao antes do PVC. Todavia, não foram verificadas diferenças significantes entre os anos de treinamento dessa amostra de estudo em jovens futebolistas brasileiros da categoria sub13, sub 15 e sub 17.


Tabela 1. Variáveis de caracterização dos sujeitos e os meses para o PVC

 

Variáveis

Meses para o Pico de Velocidade de Crescimento

p

-24

-18

-12

-6

0

6

12

18

24

n

24

19

20

26

28

22

23

19

24

205

Idade (anos)

12,42

±0,31

12,91

±0,28

13,04

±0,41

13,44

±0,42

13,66

±0,23

13,95

±0,33

14,32

±0,36

14,53

±0,39

14,84

±0,23

<0,01

Estatura (cm)

147,32

±8,01

150,71

±7,11

154,12

±6,46

159,12

±6,50

166,44

±6,91

171,13

±5,22

174,36

±4,32

179,57

±5,01

179,87

±3,28

<0,01

MC (kg)

45,72

±8,92

46,37

±7,44

47,24

±8,17

49,84

±8,28

53,95

±7,92

57,02

±5,09

62,11

±6,14

66,36

±8,64

68,54

±5,71

<0,01

%GC

12,98

±4,44

11,01

±3,19

11,87

±3,40

12,71

±4,14

12,64

±4,98

11,89

±3,31

11,64

±3,02

10,67

±3,65

10,71

±2,98

<0,05

AE (anos)

3,81

±0,74

3,84

±0,84

3,77

±0,77

3,60

±0,81

3,98

±0,76

4,03

±0,71

4,34

±0,54

4,14

±0,84

4,19

±0,91

ns

MC=massa corporal; %G: porcentagem de gordura corporal; AE=Anos de Experiências, n=número de sujeitos

 

Comparação entre os meses para o PVC e os desempenhos físicos dos futebolistas

 Na tabela 2 são apresentadas as diferenças entre o desempenho físico em jovens futebolistas em função da maturação somática em meses de PVC. Os resultados revelaram existir diferenças estatisticamente significantes entre os grupos para o teste de SJ (F=13,19; p<0,01) e CMJ (F=11,89; p<0,01).

 Na comparação entre os meses para o PVC no desempenho da força explosiva em futebolistas verificaram diferenças significantes entre os meses antes do PVC com os meses após o PVC na estimativa da manifestação da força pelo SJ, e no momento do pico para 24 e 18 meses.

 Na manifestação da força estimada pela técnica de salto do CMJ foram constadas diferenças significantes entre os meses anteriores e posteriores ao PVC, todavia, para o momento do pico foram averiguadas diferenças para somente com os 24 meses para o PVC.


Tabela 2. Desempenho físico dos futebolistas dos sujeitos e meses para o PVC

 

Variáveis

SJ

 (cm)

CMJ

 (cm)

V10m

(km/h)

Yoyo IR1 (metros)

Vo2max ml.kg.min-1

-24

27,96±3,18 e,f,g,h,i

32,08±2,01 e,f,g,h,i

20,88±0,74 h,i

1048,88±243,96

ns

39,48±4,80

ns

-18

28,52±3,75 e,f,g,h,i

32,35±3,27 f,g,h,i

20,61±0,78 h,i

1165,71±252,80

 ns

41,13±6,32

ns

-12

29,56±2,34 f,g,h,i

33,24±2,77 g,h,i

20,73±0,78 h,i

1195,00±272,50

 ns

41,55±3,73

ns

-6

31,02±3,52 f,g,h,i

35,02±3,88 g,h,i

20,86±0,56 h,i

1122,35±265,50

ns

40,51±3,73

ns

0

33,48±3,51 a,b,i

36,56±3,21 a,i

20,73±0,41 h,i

975,55±285,35

 ns

38,46±2,89

ns

6

34,40±3,09 a,b,c,d

36,84±2,57 a,b,i

20,79±0,59 h,i

1158,00±285,35

ns

41,01±4,01

ns

12

35,46±2,79 a,b,c,d

38,98±3,93 a,b,c,d

21,31±0,60 ns

1155,55±249,35

ns

40,98±3,51

ns

18

36,23±3,80 a,b,c,d,e

39,74±3,56 a,b,c,d

21,86±0,89 a,b,c,d,e,f

1204,01±124,09

ns

41,61±2,85

ns

24

38,07±3,21 a,b,c,d,e

41,88±2,95 a,b,c,d,e,f

22,03±1,14 a,b,c,d,e,f

1138,46±151,97

ns

40,86±2,97

ns

a=p<0,05 em relação a (-)24 meses para o PVC; b=p<0,05 em relação a (-)18; c=p<0,05 em relação a (-) 12; d=p<0,05 em relação a (-)6; e=p<0,05 em relação 0; f=p<0,05 em relação a 6; g=p<0,05 em relação a 12; h=p<0,05 em relação a 18; i=p<0,05 em relação a 24.

  Para o desempenho da velocidade, houve diferenças significantes entre os meses anteriores ao pico, como também o PVC com o período de 18 e 24 meses do PVC (tabela 2). Todavia, não foram demonstradas diferenças no período de tempo de 12 meses para o PVC.

 Na comparação do desempenho dos indicadores da resistência foi possível verificar que não houve nenhuma diferença significante na maturação somática, foram observados comportamentos diferentes em relação ao PVC para o VO2max, distância percorrida. No consumo de oxigênio, não foi percebido diferenças entre o tempo (F=1,15; p= 0,329).

O efeito do PVC no desempenho da força, velocidade e resistência

 Nas figuras 1, 2 e 3 são demonstrados os efeitos do PVC no desempenho físico. Os resultados desse estudo indicam para uma aceitação de perfeita linearidade entre os grupos relativos aos meses para o PVC no desempenho do SJ (R2=0,979) e CMJ (R2=0,979).

Figura 1

Figura 1: Desempenho físico da força explosiva dos futebolistas e meses para o PVC

 

 A figura 2 demonstra que foram encontradas significantes diferenças em velocidade na maturação somática (F=5,93; p= 0,01), apresentando uma aceitação de alta linearidade entre os grupos relativos aos meses para o PVC para o desempenho da velocidade (R2=0,674).

Figura 2

Figura 2: Desempenho físico da velocidade dos futebolistas e meses para o PVC

 

 Na figura 3, são apresentados os resultados do efeito do PVC no desempenho da resistência, diante disso, foi observado um declínio significativo na curva no momento do PVC.  Esse comportamento, também foi observado na quantidade de trabalho expresso na distancia percorrida, os resultados demonstraram declínios no momento do PVC, mostrando uma tendência de diminuição dos valores médios em relação aos meses para o PVC em jovens futebolistas brasileiros.

Figura3

Figura 3: Desempenho físico da resistência dos futebolistas e meses para o PVC

 

 Nota-se um ponto crítico nos indicadores da resistência, podendo-se verificar uma tendência de insignificante linearidade para o VO2max (R2=0,079) e a distancia percorrida no YoyoIR1 (R2=0,071), com variabilidade de aumentos dos valores médios em relação ao intervalo aos meses anteriores ao PVC, em seguida, percebe-se um declínio no momento do PVC, após a ocorrência do pico e uma nova inclinação da curva, permitindo interpretar um aumento antes do PVC, uma variabilidade antes de 6 meses e o PVC, e uma estabilidade após o PVC em todas as variáveis da resistência.  

 

Discussões

 

  Os resultados desse estudo demonstraram que a idade do pico de velocidade de crescimento é de 14,45±0,45 anos com variância 13,37 a 16,56 anos. Na análise do intervalo com população geral foi semelhante alguns estudos de Iuliano-Burns et al.16 e Sherar et al.24, os quais apresentaram valores de 13,40 e 13,70 anos de idade no PVC. Quanto ao intervalo, os valores foram superiores a estudos com população em geral Busscher et al.2 com PVC de 13,00 a 14,50 anos em crianças e adolescentes Holandeses e com população brasileira em geral 25.

A maturação somática apresenta diferenças no desempenho da força em jovens futebolistas, dado esse que foi avaliado pelos testes de saltos SJ e CMJ com os meses relativos ao PVC. A explicação para isso é devido a influência dos componentes neurais pela velocidade de contração e o recrutamento das unidades motoras na produção de força em relação ao crescimento 26 que constata a altura do SJ, explicando melhor a taxa de produção de força (R2= 53,9%).

Esses resultados são evidenciados e sustentados por outro estudo de Philippaerts et al.3, o qual afirma que coincidência em relação ao aumento da força explosiva, estimado pelo método de salto vertical com o momento do PVC, e que a tendência do aumento no desempenho da força muscular e potencia, sejam influenciados pelo sistema de treinamento esportivo. Consistentemente, como fundamentada Ford et al. 26, parece que o crescimento físico tem um papel importante no desenvolvimento da força, e isto pode ser atribuído pelo aumento que tem sido provavelmente no PVC.

No caso dos testes de saltos verticais indicado na estimativa da força explosiva, percebe que houve comportamentos diferenciados, onde no SJ foram diagnosticadas diferenças entre o momento do PVC com relação ao meses -18 e -24 meses do PVC e 6, 12, 18, e 24 após o PVC. Em contrapartida, o CMJ foi percebido diferenças mais próximas as extremidades do antes (-24 meses do PVC) e após o PVC (12, 18, 24 meses do PVC).

Diante disso, nota-se que a manifestação da força produzida no SJ ocorrerá mais cedo do que o CMJ isto relativo ao tempo de meses do PVC, isso devido aos diferentes componentes que expressam em cada uma variável, por conseqüência, apresentam diferentes especificidades de mudanças com o treinamento e o crescimento físico 27.

 A descoberta importante sobre a velocidade e a maturação somática foi que houve uma variabilidade na curva da velocidade em relação aos meses para o PVC, demonstrando aumentos em momentos diferentes, assim como o aumento após o PVC em relação 18 e 24 meses após o pico.

 Analisando essa relação entre os meses para o PVC e o desempenho físico, alguns autores sugerem uma sensibilidade maior com certa especificidade de treinabilidade para a velocidade8. Observando esses aspectos do momento do PVC, alguns estudos apontam períodos diferentes de sensibilidade e especificidade 3,26 sugerindo que a ocorrência da treinabilidade acontece no PVC, no entanto, outros estudos indicam que este momento é após o PVC 28.

 Essas tendências de contrastes de ocorrência no PVC ou depois para o aumento do desempenho da velocidade em relação aos meses, são resolvidas por esse estudo que indica que após 18 meses do PVC ocorrem diferenças significantes, as quais são sustentadas por diferentes estudos com 18 meses do PVC 29 e 8 meses do PVC30.   No entanto, em outro estudo foi observado que houve um incremento significativo da força explosiva, principalmente no ano imediatamente anterior ao PVC (-12 meses para o PVC) 17.

A principal descoberta em relação à maturação e desempenho da resistência dos jovens futebolistas foi expressa nos pontos críticos em seus indicadores de VO2max e quantidade de trabalho mensurados no teste Yoyo IR1. Estudo utilizando o PVC em uma amostra longitudinal de meninos acompanhados dos 8 aos 16 anos demonstra diferenças significantes de maturidade do tempo relativo ao antes e depois do PVC 31, foram observados que meninos com uma idade depois do PVC tendem a ter maiores valores de VO2max do que meninos médio e tardio ao PVC, quando a massa corporal é estabilizada são estatisticamente mantidos constantes.

  Para alguns pesquisadores, o aumento da resistência ocorre antes do PVC 26. Enquanto que nas curvas de intervalo de tempo de crescimento foi observado que os aumentos ocorreram após 8 meses do PVC 30, e 12 meses3, em que houve um declínio após esse tempo. No entanto, esse estudo verificou pontos críticos tanto na analise da curva quanto do VO2max, e na quantidade de trabalho. Essa tendência de aumento antes do PVC na curva de intervalo de tempo de crescimento, e com diminuições durante o PVC, seguidos de estabilidade, podem indicar influencia do aumento da estatura, tendo por conseqüência aumento na massa corporal, os quais corrigidos sugerem diferenças entre os momentos do PVC.

  Os resultados desse estudo indicam uma variabilidade de comportamento do desempenho da resistência com pequena e insignificante linearidade, que pode ser justificada pelo estado de treinamento ter influenciado os resultados do teste YoyoIR1 desse estudo, como no Deprez et al. 32. Tais resultados demonstraram valores do VO2max  com inferioridade do desempenho de resistência desse jogadores futebolistas da categoria sub 13, 15 e 17, como pode ser observado na comparação com o estudo de Buchheit et al.15, demonstrando valores superiores antes do PVC (53,50±5,82 ml.kg.min-1), no PVC (60,60±5,02 ml.kg.min-1) , e após o PVC (57,30±4,22 ml.kg.min-1). Cabe ressaltar que no estudo de Buchheit et al.15 o grupo antes do PVC apresentou valores menores do que no momento do PVC e após o PVC.

     A maturação somática distribuída por meses do PVC não influenciou o grupo de jogadores de futebolistas da categoria sub 13, 15, e 17 desse estudo no desempenho da resistência, permitindo indicar que as diferenças individuais entre os jogadores de futebol são evidenciadas pelo treinamento29, cuja sustentação pode ser notada no estudo de Mortatti et al.17. Ressalta que VO2max é em grande parte explicado pelo tamanho corporal, mas o nível de atividade e de sua interação com o estatuto de maturidade contribui de forma independente para o pico de VO2 31.

 Diante desse apontamento é possível ressaltar uma aplicação de certa cautela na interpretação desses resultados do desempenho da resistência, devido ao estado de treinamento desses atletas. Nesse estudo é importante destacar algumas limitações, onde é caracterizada na ausência de controle do tipo de amostra para as funções táticas. Ressalta-se que existem diferenças fundamentais no gerenciamento das tres equipes utilizadas nesse estudo, onde foram selecionados os participantes; resumidamente, duas com tratamentos contendo dimensões de organização didática pedagógica, multiprofissionais, infraestrutura e gestão diferenciadas, e outra equipe com problemas nessas dimensões, portanto, equipes com qualidades de caráter profissional e jogadores de nível de seleção nacional, e outra com nivelamento amador. Para futuros estudos sugere-se o controle da amostra por funções táticas, e inclusive diminuir mais ainda os intervalos de PVC para três meses.

 Perante esse desdobramento, a classificação do PVC em intervalos de 6 meses permite determinar claras diferenças nos testes de Squat Jump, Countermovement Jump e velocidade de 10 metros. No entanto, quando considerado o desempenho da resistência, esses intervalos curtos de tempo não foram suficientes para observar diferenças entre os futebolistas nos testes de YoyoIR1. Para que sejam analisados os efeitos da maturação somática, especificamente em testes de saltos verticais e velocidade, os resultados sugerem o uso do PVC em intervalos de 6 meses.

 

Conflito de interesses: Não temos.

 

Referências

 

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Influencia da maturação somática sobre o desempenho físico em jovens futebolistas brasileiros

 

Resumo

 

Objetivo: Analisar o desempenho físico em jovens futebolistas em função da maturação somática em meses de PVC e verificar efeito do PVC na linearidade do desempenho da força velocidade e resistência em jovens futebolistas brasileiros.

Método: Foram selecionados 205 sujeitos, entre 11 a 17 anos de idade pertencentes a três clubes de futebol do estado de São Paulo. Os sujeitos foram divididos por intervalo de meses de seis (6) em seis (6) meses do pico de velocidade de crescimento. As avaliações físicas foram constituídas por testes físicos de saltos verticais: Squat Jump e Countermovement Jump, velocidade de 10 metros e teste do Yoyo Intermitente Recovery nível 1. Para análise inferencial, foram utilizados a ANOVA (one way) e para determinar as diferenças intergrupos utilizou-se o teste Post Hoc de Tukey, com nível de significância p<0,05.

Resultados: Foram verificadas diferenças entre os meses para o pico de velocidade de crescimento no desempenho da força explosiva nos testes de SJ (F=13,19; p<0,01), CMJ (F=11,89; p<0,01) e para a velocidade (F=5,93; p= 0,01), todavia, para o desempenho da resistência, não foram encontradas diferenças em relação aos meses do pico.

Conclusão: Os resultados sugerem o uso do PVC em intervalos de 6 meses para analisar os efeitos da maturação somática, especificamente em testes de saltos verticais e velocidade.

Palavra Chaves: Crescimento, pico de velocidade de crescimento, jogadores de futebol, adolescentes.